terça-feira, 14 de abril de 2009

Atividade 06b - Argumentação I





Nesse post irei argumentar sobre a questão que relaciona os textos científicos e filosóficos a textos narrativos citada no texto Variações sobre arte e ciência. Como meu ra (044034) é par, minha linha argumentativa será a favor dessa visão.





Vários sustentam, muitos aceitam e poucos rejeitam a tese de que ciência e arte são áreas completamente distintas e não devem ser tratadas de forma correlacionada.

Essa diferenciação que se faz entre essas áreas é artificial e não reflete a realidade. Um exemplo dessa correlação reside no fato de que os textos científicos e filosóficos são, em última análise, pertencentes ao gênero narrativo.

Assim, podemos ver nestes textos uma aproximação com a arte literária. Vejamos como o dicionário Michaelis define a palavra narração.

narração
nar.ra.ção
sf (lat narratione) 1 Ato ou efeito de narrar. 2 Conto, descrição, discurso, narrativa. 3 Exposição verbal ou escrita de um ou mais fatos. 4 Ret A parte do discurso em que o orador divide e desenvolve o assunto.

Provavelmente para nenhum leitor essa definição possui informações desconhecidas. Mas as definições de número 3 e 4 são as de maior relevância aqui.

A definição 3 defende que a exposição de fatos implica em uma narração, quando temos uma exposição escrita, é lógico pensar em um texto narrativo.

Ora, o que são os textos científicos e filosóficos além de textos que se dedicam à exposição de fatos daquela área de conhecimento?

A definição 4 nos diz que a parte em que o orador (ou escritor, cientista, filósofo, etc) desenvolve o assunto é, também, uma narração. A que se propõem em primeiro lugar os textos de caráter científico e filosófico além do desenvolvimento e análise de um determinado tema?

Um argumento contrário pode ser levantado no que se refere à ausência de figuras de linguagem, mudanças no tom, entre outras técnicas utilizadas num texto tido como narrativo. Mas deve-se tem em mente que mesmo nos textos literários encontram-se uma multiplicidade de estilos, e o uso ou não de algum deles não descaracteriza um texto.

Além disso a ausência de evidência não implica na evidência de ausência. Muitos textos científicos e filosóficos fazem uso de técnicas normalmente associadas somente aos textos literários.

Assim, como um texto científico pode ser visto como uma obra de arte, e o contrário também pode ocorrer, podemos concluir que as barreiras criadas entre ciência e arte não correspondem à realidade observada entre essas áreas.

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