quarta-feira, 29 de abril de 2009

Atividade 08 - Proposição de tema


Nessa atividade devemos postar uma proposta de tema para um texto a ser desenvolvido. Como esse foi um dos pontos do debate que mais se aplicam à minha área e que eu tenho mais conhecimento, vou propor o tema relativo ao compartilhamento de arquivos e sua criminalização.

Título tentativo: A criminalização do compartilhamento de arquivos na Internet

Modalidade: Ensaio acadêmico

Resumo:
Com o surgimento de novas tecnologias surgem também novas necessidades de abordagem de algumas questões que não se enquadram nos padrões conhecidos. Em especial no caso da internet, pode-se citar o compartilhamento de arquivos e sua criminalização.

É uma prática comum encarar um problema novo, para o qual ainda não se há um conhecimento profundo, pela ótica de um outro anteriormente conhecido. Assim, costuma-se enquadrar o compartilhamento pela internet como uma modalidade da "pirataria" tradicional, que se utiliza de um um meio digital para se conseguir os mesmos fins.

Esse texto buscará demonstrar o engano que reside nessa visão e abordagem e analisar possíveis ações para que se modifique essa visão.

Referências:
David Cherry, Internet Piracy: Brief History & Ethical Concerns, University of Advancing Technology [http://www.uatliteracyproject.com/Documents/Google/Internet%20Piracy%20Essay.doc]
Powers, J. (2003). Copyright, Piracy and Personal Ethics. http://www.in3.org/articles/personalethics.htm.
The Ethics of Piracy. http://cse.stanford.edu/class/cs201/projects-99-00/software-piracy/ethical.html.
Filesharing is a serious crime - Bulgarian collective rights organisations http://sofiaecho.com/2009/02/18/677267_filesharing-is-a-serious-crime-bulgarian-collective-rights-organisations
File-sharing should not be a crime, says European Parliament http://www.out-law.com/page-9059
Internet file sharing myths http://www.mipi.com.au/issues_faqs/faqs.htm
The Effect of File Sharing on Record Sales An Empirical Analysis, Felix Oberholzer, Koleman Strumpf http://www.unc.edu/~cigar/papers/FileSharing_March2004.pdf
The Effect of P2P File Sharing on Music Markets: A Survival Analysis of Albums on Ranking Charts, Telang et al. http://www.netinst.org/Telang2005.pdf

sábado, 25 de abril de 2009

Atividade 07 - Debate



Essa atividade consistiu em um debate partindo dos textos apresentados no grupo de discussão da disciplina.

Aqui serão levantados tópicos que foram discutidos que eu gostaria de expandir em um futuro texto.

Dentre os temas levantados, os que eu mais me sinto confortável e que gostaria de desenvolver são (em ordem de preferência):

  • Pirataria e compartilhamento de arquivos
  • Células tronco e clonagem
  • Pesquisas que podem ser utilizadas de forma incorreta, apesar de não ser esse o objetivo
Além desses temas discutidos, um que me ocorreu e não tive a oportunidade de levantar no debate é o uso maior que fazemos de máquinas sem que ainda tenhamos um código de conduta para elas (algo na linha das três leis da robótica de Asimov). Acredito que esse seja um tema interessante a se discutir.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Atividade 06c - Argumentação II


Nessa parte da atividade 06 irei argumentar sobre as barreiras éticas ao uso de novas tecnologias.



É um fato notório que o ser humano em geral apresenta medo do que é desconhecido, novo. Através da história esse medo tem se manifestado sempre que alguém ousa desafiar as verdades estabelecidas. Sócrates, Galileu, Giordano Bruno entre outros são exemplos do modo como a sociedade reage às ideias novas e revolucionárias.

Hoje em dia, o que causa esse medo de forma mais aparente são os avanços tecnológicos. Enquanto alguns são tidos pela maioria como salutares, outros são tidos como perigosos.

Se antigamente a Igreja podia ser a barreira ao desenvolvimento científico, atualmente as barreiras mais proeminentes são de origem ética.

Por exemplo, discute-se muito sobre o uso de células tronco de embriões humanos. O argumento preferido da corrente contrária à sua utilização é a defesa de que o embrião é um ser humano e que por isso não pode ser utilizado, mesmo que seja para salvar a vida de outro.

Mesmo contrariando a opinião dos especialistas na área, que dizem que enquanto não se tem o sistema nervoso, mesmo que primitivo, não se pode considerar o embrião como um ser humano, esse argumento tem forte apelo, especialmente entre a camada menos instruída da população.

Movidos por motivações alheias, essas pessoas criam empecilhos para o desenvolvimento de técnicas que podem ajudar a melhorar as condições de vida de milhões de pessoas.

Mas essas mesmas pessoas que criticam as técnicas modernas se utilizam de outras que, no passado, foram consideradas inadequadas, por um motivo ou outro.

Nessa linha de pesquisas médicas, pode-se citar o repúdio à vacina que existia nos momentos iniciais de uso dessa técnica. Ou seja, por mais fortes que sejam as barreiras criadas, a ciência e o progresso sempre encontram uma forma de vencê-las.

A maior perda reside no custo envolvido nesse processo de superação.

Atividade 06b - Argumentação I





Nesse post irei argumentar sobre a questão que relaciona os textos científicos e filosóficos a textos narrativos citada no texto Variações sobre arte e ciência. Como meu ra (044034) é par, minha linha argumentativa será a favor dessa visão.





Vários sustentam, muitos aceitam e poucos rejeitam a tese de que ciência e arte são áreas completamente distintas e não devem ser tratadas de forma correlacionada.

Essa diferenciação que se faz entre essas áreas é artificial e não reflete a realidade. Um exemplo dessa correlação reside no fato de que os textos científicos e filosóficos são, em última análise, pertencentes ao gênero narrativo.

Assim, podemos ver nestes textos uma aproximação com a arte literária. Vejamos como o dicionário Michaelis define a palavra narração.

narração
nar.ra.ção
sf (lat narratione) 1 Ato ou efeito de narrar. 2 Conto, descrição, discurso, narrativa. 3 Exposição verbal ou escrita de um ou mais fatos. 4 Ret A parte do discurso em que o orador divide e desenvolve o assunto.

Provavelmente para nenhum leitor essa definição possui informações desconhecidas. Mas as definições de número 3 e 4 são as de maior relevância aqui.

A definição 3 defende que a exposição de fatos implica em uma narração, quando temos uma exposição escrita, é lógico pensar em um texto narrativo.

Ora, o que são os textos científicos e filosóficos além de textos que se dedicam à exposição de fatos daquela área de conhecimento?

A definição 4 nos diz que a parte em que o orador (ou escritor, cientista, filósofo, etc) desenvolve o assunto é, também, uma narração. A que se propõem em primeiro lugar os textos de caráter científico e filosófico além do desenvolvimento e análise de um determinado tema?

Um argumento contrário pode ser levantado no que se refere à ausência de figuras de linguagem, mudanças no tom, entre outras técnicas utilizadas num texto tido como narrativo. Mas deve-se tem em mente que mesmo nos textos literários encontram-se uma multiplicidade de estilos, e o uso ou não de algum deles não descaracteriza um texto.

Além disso a ausência de evidência não implica na evidência de ausência. Muitos textos científicos e filosóficos fazem uso de técnicas normalmente associadas somente aos textos literários.

Assim, como um texto científico pode ser visto como uma obra de arte, e o contrário também pode ocorrer, podemos concluir que as barreiras criadas entre ciência e arte não correspondem à realidade observada entre essas áreas.

Atividade 06a - Comentários sobre as questões acadêmicas




Essa primeira parte da atividade 06 consiste em ler e comentar outros textos relativos à atividade 05.

Os comentários que eu fiz foram:

Variações sobre arte e ciência:
comentário no blog da Licia Costa
comentário no blog da Priscila Carrara

Considerações sobre a neutralidade da ciência:
comentário no blog do Fábio Ribeiro
comentário no blog do Marcel Stats

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Atividade 05b - Estrutura do texto "Considerações sobre a neutralidade da ciência"

Elementos básicos:

Título: Considerações sobre a neutralidade da ciência
Autor: Marcos Barbosa de Oliveira
Resumo: O texto busca avaliar e discutir o conceito de neutralidade na ciência e tecnologia. Para isso, o autor divide seu objeto de estudo em três partes que são: imparcialidade, neutralidade aplicada e neutralidade cognitiva com o intuito de facilitar a análise e possibilitar a chegada a uma conclusão.
Desenvolvimento: O autor inicia sua discussão a partir de trechos do texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais. A partir de tais trechos ele busca uma definição mais precisa sobre a neutralidade da ciência e estabelece dois requisitos que, segundo ele, são necessários para uma definição adequada. Assim ele sustenta que a sua tese deve manter um espírito crítico acerca do papel da ciência ao mesmo tempo em que ela não implique em relativismos de qualquer tipo.

Seguindo sua argumentação, o autor cita três princípios enunciados pelo filósofo Hugh Lacey. Esses princípios dizem, em resumo, que a neutralidade da ciência deve ser analisada pela imparcialidade, neutralidade no sentido amplo e estrito, essa por sua vez subdividida em neutralidade aplicada e cognitiva. Além da busca de evitar que a análise se utilize de relativismos.

O autor ainda define imparcialidade como o uso exclusivo de valores cognitivos na seleção de teorias, neutralidade aplicada como um contraponto à tecnologia em que é notório a não-neutralidade.

Questões acadêmicas:

Pode-se citar como uma das questões sugeridas no texto o conceito de relativismo e sua auto-destruição. Ou seja, ao pregar que não se pode chegar a uma conclusão universal sobre determinado tema justamente pelo fato de que essa conclusão depende do modo como cada um encara o tema pode ser utilizado justamente para confrontar essa mesma tese, eliminando os argumentos da tese.

Uma outra questão se refere às barreiras éticas muitas vezes criadas e enfrentadas pelos avanços tecnológicos. Para ilustrar isso o autor exemplifica citando a criação da pílula anticoncepcional como uma barreira posteriormente vencida, mas questiona se o mesmo poderá ser facilmente conquistado com clonagem humana por exemplo.

Atividade 05a - Estrutura do texto "Variações sobre arte e ciência"



A atividade 05 consiste em identificar os principais elementos dos dois textos recebidos e ao menos duas questões acadêmicas em cada um dos dois textos.

Nesse post é analisado o texto "Variações sobre arte e ciência" e em um post posterior será abordado o texto "Considerações sobre a neutralidade da ciência"

Elementos básicos:

Título: Variações sobre arte e ciência
Autor: Octavio Ianni
Resumo: O autor se propõe a discutir as semelhanças e diferenças existentes entre a ciência e a arte. Para tanto, ele discute utilizações de elementos característicos da arte pela ciência e vice-versa.
Desenvolvimento: O autor lista várias manifestações na história em que ciência e arte se complementavam e mesmo confundiam. Exemplos são os renascentistas como Galileu, Leonardo da Vinci, Maquiavel, entre outros.

Ele também mostra a visão de que as realizações científicas podem ser vistas como uma narrativa, assim, as aproximando da arte literária. Em certo ponto ele chega a citar a visão de que todo o mundo pode ser visto como uma complexa narrativa.

Um dos pontos em que essa aproximação é citada, é no fato de que até mesmo além das realizações artísticas, as obras científicas podem expressar a visão de mundo de seus autores.

Posteriormente são citadas obras científicas que se utilizam de recursos narrativos com o fim de dramatizar seus argumentos e aproximar o leitor de seu ponto de vista.

Conclusão: O autor conclui que é notável a colaboração que existe entre ciências e artes nos estudos e entendimentos nos mais diversos assuntos. Também, de que cientistas, filósofos, escritores, entre outros artistas, buscam um modo de explicar, visualizar e entender o mundo, cada qual de acordo com seus métodos e modos.

Por fim o autor conclui que a narrativa esteve e está nos assuntos que mais importam ao homem, seja dentro da ciência ou não, expondo diante deste as características e peculiaridades daquilo que o rodeia.

Questões acadêmicas:

Uma das questões levantadas no texto, que é a tese central defendida, se refere à diferenciação entre ciência e arte que, segundo o autor, é artificialmente criada. Isso não significa, contudo, que ciência e arte não apresentem diferenças, mas antes que elas possuem muito em comum e assim, devem ser analisadas como áreas complementares e não excludentes.

Analisando o momento atual, o autor contrapõe a visão de grande parte dos cientistas e artistas aos dos renascentistas e filósofos gregos que não viam grandes distinções entre ciência e arte e até mesmo entre religião.

Outra questão presente no texto é a associação dos escritos científicos e filosóficos ao texto narrativo. Para exemplificar esse ponto, o autor exibe trechos de obras de Copérnico, Hobbes, Rousseau, Marx, entre outros em que se pode notar o texto narrativo como forma de estudo científico e filosófico.

Citando o poder do texto narrativo, ele chega a associar todo o mundo moderno a uma complexa narrativa com o propósito de sustentar seu argumento.