A atividade 05 consiste em identificar os principais elementos dos dois textos recebidos e ao menos duas questões acadêmicas em cada um dos dois textos.
Nesse post é analisado o texto "Variações sobre arte e ciência" e em um post posterior será abordado o texto "Considerações sobre a neutralidade da ciência"
Elementos básicos:
Título: Variações sobre arte e ciênciaAutor: Octavio Ianni
Resumo: O autor se propõe a discutir as semelhanças e diferenças existentes entre a ciência e a arte. Para tanto, ele discute utilizações de elementos característicos da arte pela ciência e vice-versa.
Desenvolvimento: O autor lista várias manifestações na história em que ciência e arte se complementavam e mesmo confundiam. Exemplos são os renascentistas como Galileu, Leonardo da Vinci, Maquiavel, entre outros.
Ele também mostra a visão de que as realizações científicas podem ser vistas como uma narrativa, assim, as aproximando da arte literária. Em certo ponto ele chega a citar a visão de que todo o mundo pode ser visto como uma complexa narrativa.
Um dos pontos em que essa aproximação é citada, é no fato de que até mesmo além das realizações artísticas, as obras científicas podem expressar a visão de mundo de seus autores.
Posteriormente são citadas obras científicas que se utilizam de recursos narrativos com o fim de dramatizar seus argumentos e aproximar o leitor de seu ponto de vista.
Conclusão: O autor conclui que é notável a colaboração que existe entre ciências e artes nos estudos e entendimentos nos mais diversos assuntos. Também, de que cientistas, filósofos, escritores, entre outros artistas, buscam um modo de explicar, visualizar e entender o mundo, cada qual de acordo com seus métodos e modos.
Por fim o autor conclui que a narrativa esteve e está nos assuntos que mais importam ao homem, seja dentro da ciência ou não, expondo diante deste as características e peculiaridades daquilo que o rodeia.
Questões acadêmicas:
Uma das questões levantadas no texto, que é a tese central defendida, se refere à diferenciação entre ciência e arte que, segundo o autor, é artificialmente criada. Isso não significa, contudo, que ciência e arte não apresentem diferenças, mas antes que elas possuem muito em comum e assim, devem ser analisadas como áreas complementares e não excludentes.Analisando o momento atual, o autor contrapõe a visão de grande parte dos cientistas e artistas aos dos renascentistas e filósofos gregos que não viam grandes distinções entre ciência e arte e até mesmo entre religião.
Outra questão presente no texto é a associação dos escritos científicos e filosóficos ao texto narrativo. Para exemplificar esse ponto, o autor exibe trechos de obras de Copérnico, Hobbes, Rousseau, Marx, entre outros em que se pode notar o texto narrativo como forma de estudo científico e filosófico.
Citando o poder do texto narrativo, ele chega a associar todo o mundo moderno a uma complexa narrativa com o propósito de sustentar seu argumento.
3 comentários:
Hugo
Levantamos, em nossos textos, uma questão semelhante, como você mesmo já mencionou em meu blog.
Enquanto você ressalta a diferenciação artificial de Ciência e Arte, sem obviamente negar que existam diferenças, eu foquei mais na especialização das áreas como um todo, não só da ciência e da arte, mas da subdivisão da ciência.
Gosto da sua forma direta de escrever, sem rodeios.
E também admiro (e invejo) sua pontualidade (ou seria adiantamento?) nas atividades.
Parabéns pelo bom trabalho!
Priscila Carrara
As diferenciações entre ciência e arte são bastante coerentes, e realmente não podemos unir as duas coisas como se fossem a mesma. Há grandes abismos de distância entre os dois modos de descrever o mundo. No entanto, como você mesmo afirma, deveriam trabalhar como áreas complementares. Como o autor diz, e concordo com ele, o artista e o cientista estão descrevendo o mundo de acordo com seu ponto de vista pessoal e raramente serão as vezes que o mundo não influenciará em suas demonstrações, nos dois casos.
Parabéns pela maneira concisa e agradável de se expressar. O layout está fantástico!
Olá Hugo. Uma das questões apontadas por você semelhante a que eu citei
é a associação dos textos científicos e filosóficos ao texto narrativo, o
que permite refletir sobre a contemporaneidade, sem prejuízo do reconhecimento
dos diferentes modos de linguagem de cada forma de conhecimento.
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